sexta-feira, 3 de junho de 2011

« a verdade dói»

Era uma vez e é assim que todas as histórias começam, começam desde pequenino desde os primeiros passos, passos curtos alguns outra vezes longos demais e a queda é sempre igual, viras a página e limpas o rosto das lágrimas que caíram e tentas-te recompor das várias quedas, sem nunca encontrar a solução. Agora fui eu que fiquei aqui à tua espera sentado, vendo os dias passarem e as noticias de ti a escassiarem e sei que não existe perdão para aquilo que te fiz passar mas também agora já não o queres, seguiste e fugiste e refizeste a tua vida. A vida é uma viagem que se começa desde pequenino e foi desde pequeno que demonstrei a minha diferença que poucos ou ninguém a aceitaram, queriam que me moldasse aos seus ideais, mas criei barreiras, demasiadas barreiras e construi os meus próprios ideais. Hoje confesso que eles falharam, eu falhei e expus-me a situação. Sinto que a fraqueza me escorre pelas veias que ao mesmo tempo me fortalece e faz com que viva dois mundos num só. Em qual deles vives, sabes? Uns dias acordas meio aluado outros acordas e vês naquilo em que te tornaste e odeias aquilo que fazes. É entre brigas, saídas, risos e choros que os anos passam por ti e vais subindo degraus na tua vida onde as peças de um puzzle infinito se vão encaixando enquanto outras se vão perdendo a meio do percurso e onde cais num buraco sem fim – esse buraco chama-se solidão ou desespero. E é assim que o teu coração se fecha como se trancasses uma porta, ficas apenas tu e só tu e chegas mesmo a pensar em coisas brutais como a morte e sentes-te um fraco .Puro retrato de tudo aquiilo que eu tenho vivido nesta angústia suprema pelas criticas que te fazem e pelas alegrias momentâneas que se vão fazendo sentir, sabendo que a porta se fecha ao fim de alguns dias e tu voltas ao mesmo e aqueles que significaram muito tiras a conclusão foi no momento de te conhecerem é que te dão importância porque de resto, chutam-te para um canto e tu ali estás lutando verdadeiramente para não caires na desgraça .  São memórias de uma vida não esquecidas no tempo e com um futuro incerto. Por vezes é preciso saber começar do zero ou senão nunca terás sossego, pois haverá sempre tormentos e que te levam a pensar «que injusta é a vida», tantos que não merecem nada e têm tudo e os que merecem tudo nada têm e estou cansado mas nada irá mudar porque foste a solução que se tornou num problema e todos os pressentimentos que eu tinha estavam correctos, não havia um único senão, tu falhaste e não te o perdoo . Criando falsas expectativas em relação a alguém, é grave, demasiado grave, mas contigo aprendi que são palavras que voam ao sabor do vento e que poucas são as verdadeiras .



«si fuera de mi»

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